terça-feira, 20 de abril de 2010

Curso: Caminhos da Lucidez

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O espírito cego dobra a realidade a sua idéia, ao lugar de submeter a sua idéia a uma realidade mais ampla. Caminhos da Lucidez é um curso que estimulará a reflexão sobre os pensamentos autômatos de nosso sujeito psíquico, para que possamos fazer o uso da razão de modo inteligente e favorável a vida.

Turma Leblon - 3as. feiras:
início - 11 de maio - término - 29 de junho (total de 8 aulas)
horário: das 14:30 h às 16:40 h

Turma Leblon - 4as feiras:
início - 12 de maio - término - 30 de junho (total de 8 aulas)
horários:
Turma da tarde: das 14:30 h às 16:40h
Turma da noite: das 19:30 h às 21:20 h

Informações e reservas:
(21) 9983-5751 - Ilana
email: grupodeestudospensar@gmail.com
Nosso grupo no Twitter: http://twitter.com/grestudospensar

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Reflexão de Marcelo Elman

Um amigo, Marcelo Elman, psicólogo participou neste ultimo fim de semana de um seminário sobre Perversão e Laço Social. Escreveu uma reflexão sobre os aspectos abordados que considerei interessante partilha-la. Assim Marcelo discorre:
- Diz-se que não há mais PAI na contemporaneidade.
- D’us esta morto.
- O Pai hoje é o mercado, com 6000 Ipods vendidos em um dia. Dois dias de fila para ter o privilégio de ser o primeiro.
- Algum psicanalista poderia chamar isto de desejo, ou é uma demanda sinalizadora de uma falta brutal?
- Essas revoluções mandaram para o lixo o Pai representante da Lei.
- O psicanalista Jean Pierre Lebrun introduz o conceito de uma Perversão Comum. “Se aquele que representa a Lei também Goza, por que eu devo interromper o meu Gozo?”.
- “Eu reconheço a existência da Lei, mas não posso obedecer” Esta afirmação traduz uma perversão.
- Marcelo prossegue afirmando que com isto surgem inúmeros bordelenses.
- Conclui ser tudo uma simbolização do discurso perverso no mundo contemporâneo.
Pensar estes pensamentos do mundo de hoje que se institui como desejo, manifestação da pulsão, trata-se sobretudo de sabermos nem sempre respondermos as demandas de nossa época.Internalizar um Pai Equilibrado e Equilibrante quanto a qualidade e o valor de cada desejo. Alguns são ideais para as fantasias, outros como metas. Entre um e outro a fé Socrática da razão de um Pai nas Idéias um Bom Pai. Suficientemente Bom.

sábado, 17 de abril de 2010

Psicanalista que mistura personagens de novela e filosofia em suas palestras faz sucesso.

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Duas vezes por semana, o edifício Leblon Corporate, sede de importantes bancos de investimento e corretoras de valores na Zona Sul da cidade, recebe um grupo de visitantes um tanto quanto insólito. Nas tardes de terça e quarta-feira, cerca de 250 mulheres com idade entre 35 e 80 anos abarrotam uma das salas de conferência do edifício para reuniões que nada têm a ver com negócios ou aplicações financeiras. Elas vão lá em busca de respostas para suas inquietações existenciais. O responsável por esse súbito afluxo feminino é o professor Manoel Thomaz Carneiro, ex-administrador de empresas convertido a psicanalista. Carneiro é o criador do Grupo de Estudos Pensar, entidade que organiza cursos e palestras com o objetivo de estimular os participantes a refletir sobre suas angústias. Para isso, lança mão de elementos pinçados da mitologia greco-romana, da psicanálise e da filosofia. O formato é um sucesso — as 250 vagas, em módulos que duram dois meses, costumam se esgotar rapidamente. “Minha proposta é apaziguar o coração das pessoas e auxiliá-las a ver quanto nós somos sadios. Tendemos a não nos considerar normais porque nos ensinam utopias como o amor é eterno, as pessoas são sempre felizes e que devemos ser otimistas todos os dias. O para sempre não existe”, filosofa o pensador de 51 anos.
A grande inspiração para o curso voltado às senhoras da Zona Sul do Rio veio de Paris, mais especificamente do psicanalista argentino radicado na capital francesa Juan David Nasio. Professor da Sorbonne e ex-aluno de Jacques Lacan, Nasio é um especialista na tradução dos conceitos complexos da psicanálise para o dia a dia das pessoas comuns. A cada ano, Carneiro passa três meses na França participando de reuniões promovidas por seu mestre. “Conhecimento é como um copo de água. Eu o dou cheio, as pessoas bebem, matam a sede. Daí tenho de beber de novo para me nutrir. Não é fácil criar novas aulas a cada dois meses”, explica. Ecléticas, suas palestras podem se valer de exemplos como o da personagem paraplégica Luciana, da novela Viver a Vida, para exemplificar uma discussão sobre destino, ou então o do casal Nardoni, condenado em São Paulo pela morte da filha Isabella, para ilustrar uma conversa sobre o lado bom e ruim da natureza humana. As alunas acham o máximo. “O curso liberta você das culpas. Quando você vê um grupo se reconhecendo nas mesmas questões, parece que elas ficam menores, mais fáceis de lidar e resolver”, diz a designer Alessandra Curvelo, 38 anos, seguidora dos ensinamentos do filósofo do Leblon há três anos. Não raro, as conversas vão além do salão e se prolongam pelos cafés e restaurantes da vizinhança, na Rua Dias Ferreira. Tudo muito chique e elegante — quase como no Quartier Latin.

Reportagem de Melissa Jannuzzi para a Revista Veja-Rio 21/04/2010