quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Ateliê do Desenvolvimento Pessoal - Insólito Boutique Hotel Búzios




INSÓLITO BOUTIQUE HOTEL
RECONHECIMENTO

CONDE NAST JOHANSENS LUXURY TRAVEL GUIDES 2012
Melhor hotel de praia da America Latina
CASA VOGUE BRASIL
Entre os dez hoteis mas marcantes do mundo 2011
ELLE DECORATION BELGA GUIA DO COUP DE COEUR 2011/2012
Entre os 11 top Hotel of the World
ROLLS-ROYCE ENTHUSIAST’S CLUB
Celebration of Excellence- Hotel indicado no Year Book 2012


Ateliê do Desenvolvimento Pessoal
Saber Ser
                
A ideia deste ateliê surgiu da constatação quanto à busca, cada vez maior, das pessoas de se aprofundarem nos conhecimentos sobre as áreas médicas e psicológicas.
Com a democratização das informações, onde os conhecimentos antes herméticos aos leigos e exclusivos dos profissionais, sobretudo nas áreas médicas, gerou uma modificação no comportamento do indivíduo. Antes as pessoas quando procuravam os profissionais, chegavam como pacientes desinformados e carregavam apenas as dificuldades, as dores e os sintomas, sem uma prévia compreensão a respeito do que é de fato saúde, sobre o equilíbrio e os riscos reais que debilitam o corpo objetivo e o subjetivo. 
Hoje, apesar desta acessibilidade dos conhecimentos, na maioria das vezes a informação chega de maneira plural e fragmentada, o que faz com que a pessoa perca o sentido do todo.
Esta fragmentação dificulta o alcance de um caminhar no cotidiano para a construção do melhor de si.
O Ateliê “Saber Ser” propõe esclarecer sobre o que é Ser e sinalizar as demandas básicas dos aspectos físico e psicológico, de modo a despertar a visão dos hábitos que promovem a construção da melhor versão de si mesmo.
Quando compreendemos o que nosso ser necessita, sabemos buscar em nossa vida as fontes para o alimento. A partir deste conhecimento saberemos como realçar os nossos potenciais físicos e psicológicos.

- O que o corpo precisa de fato?

- O que o nosso ser psicológico, ou seja, o nosso corpo subjetivo, precisa encontrar na vida?

- Quais aspirações são fundamentais para a construção da satisfação existencial?

A elegância em ser envolve também saber se vestir de conhecimento o mundo dos pensamentos.

Estas questões somadas às dicas de estilismo, alimentação que ajudam a manter o corpo na linha e a mente em linha de lucidez e equilíbrio serão desenvolvidas através de palestras, ateliers e conversas com profissionais de várias áreas.
No Insólito Boutique Hotel em Búzios, durante três dias será realizado o Ateliê do Desenvolvimento Pessoal.
O psicanalista e pensador Manoel Thomaz Carneiro, o Clínico Geral e Endocrinologista Fabiano Serfaty, também participarão com conferências sobre Oralidade; Desejos x Vontades; Nutrição e Saúde e a empresária Emmanuelle Meeus, mentores deste projeto com os convidados tais como, Dr. Alberto R. Serfaty com a conferência "A Influência dos Hormônios Masculinos e Femininos nos Sentimentos", o chefe de cozinha francês David Jobert, dono do restaurante Ateliê situado no Rio de Janeiro, o sommelier Philippe de Nicolai, o personal trainer Márcio Lui que desenvolve um trabalho em São Paulo e um iogue falarão sobre o que é Ser em equilíbrio.
Tudo isto associado a uma culinária com o Menu Serfaty especialmente elaborado para este Ateliê executado pelo Chef David Jobert.
Após o jantar de sábado harmonizado com os vinhos do sommelier Nicolai teremos um luau na praia particular da Pousada Insólito.


Uma grande distinção do ser humano em relação a todas as outras formas de vida reside na nossa capacidade de nos movermos através da plasticidade psicológica na direção dos pensamentos e sentimentos que desejamos.
Saber Ser é, sobretudo, saber as possibilidades do nosso ser.


Ateliê do Desenvolvimento Pessoal
Insólito Boutique Hotel
Armação de Búzios - Praia da Ferradura
Rio de Janeiro


“A beleza de uma percepção está além de descobrir o novo e o nunca pensado, mas em encontrar um espaço interno para tudo o que se descobriu”.

Saber Ser





Depto. de Reservas – Roberta
(22) 2623-2172
reservas@insolitohotel.com

VISA / AMERICAN / MASTERCARD
Parcelamento no cartão em até 3 vezes.



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Em Qual Ato Você Quer Existir?


Fui a São Paulo no fim de semana e lembrei-me muito do tema que desenvolvi na última aula sobre desejo e vontade.
Lá, naquelas alamedas paulistanas, comecei a perguntar-me quantas pessoas saberiam discernir sobre a diferença entre uma e outra. 
Pensei se saberiam responder com segurança – “O que as leva a agir? A vontade ou o desejo?”
No sábado caminhava pela Alameda Lorena, quando percebi na esquina a loja da Bauducco, que na hora lembrou-me panetones e cafés...  A visão me despertou um desejo.


Este desejo de inspiração ítalo-paulistano se tornou algo potente e concreto: sentar-me para apreciar um café com panetone. 
Este querer apossou-se de mim... Mas em meu modo de pensar ele não era suficiente para que eu o realizasse. Era necessário, antes de qualquer coisa, elege-lo como dominante para que eu fizesse a passagem ao ato.
O desejo de comer e a vontade de realiza-lo deveriam se unir. 
O desejo de panetones repentinos e o desejo de manter o peso é uma antiga história em mim e sei que em muitas pessoas também.
Havia diante daquela esquina duas motivações contraditórias: comer panetone e guardar a linha.
 Em nossas vidas muitas contradições se apresentam...
Comprar uma bolsa e guardar o saldo bancário... Beijar alguém que você tenha se sentido atraído e preservar a fidelidade... Beber e manter-se fiel a decisão de manter-se longe da bebida... Dormir mais ou levantar para a ginástica...


A vontade difere do desejo.
Uma coisa é o desejo de beijar, outra é a vontade de realizar este desejo.
Qual parte vence esta batalha interna?
Esperar que o desejo desapareça? Melhor talvez seja saber que somos seres do desejo, mas que também somos seres da força da vontade.
Tudo pode passar como uma luta de boxe interior... Quem vence o combate?  Depende.
Como diz o pensador romano Ovídio – "As vezes eu vejo o bem, eu o aprovo e no entanto eu realizo o mal". Isto reflete um problema que é definido como fraqueza de vontade, uma acrasia.
Muitas vezes nos defrontamos com este dilema. 
Quem vence em você? 
A força do desejo ou a força da vontade?

Qual a melhor coisa a fazer? Dependerá de suas ponderações.
A força do desejo de fumar ou a força da vontade de não realiza-lo.
O que fiz naquele momento?
Refleti em silêncio enquanto o sinal verde para eu atravessar não abria.
Fiz uma negociação comigo. O meu desejo de abster-me da parada “panetonesca” partia da ideia de preferir deixar um crédito calórico para o jantar que teria naquele mesmo dia. Sabia também que ceder é me tornar mais vulnerável e mais frágil diante dos seguimentos de outros desejos.
Segundo Nietzsche, construir uma narrativa contínua em nossa existência é o que se denomina plano de vida.
Podemos derrapar diante dos estímulos que despertam em nós os desejos... Mas através dos planos pessoais de vida, saberemos depois por onde retomar.
 Os planos são os nossos “GPS Mentais” orientadores de nossos passos.
Alguns desejos são inimigos de nossos planos de vida.
Algumas vezes vale a pena usar a força de vontade para deixar determinados desejos de lado.
O “GPS Mental” se expressa com a sua voz lúcida que diz; “Epa... virar o olhar a primeira esquerda”.
Foi o que fiz quando a loja estava bem a minha direita!
Conforme afirmou Lacan:
“É no ato que você existe”.
Então... Em qual ato você quer com inteligência existir?



domingo, 17 de agosto de 2014

Mova-se

"A superioridade humana em relação a todas as outras formas de vida, reside na nossa capacidade de nos movermos através da plasticidade psicológica na direção dos pensamentos e sentimentos que desejamos.
Saber Ser é sobretudo saber as possibilidades do nosso ser."
Manoel Thomaz Carneiro

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Bom para o quê?

Uma particularidade que percebi nos franceses, através das minhas observações ao longo das temporadas de três meses que passo em Paris, é que eles buscam o saber ser, através das reflexões que tenham de algum modo, uma base racional. Se obtiverem lógica nas ideias, o caminho do pensamento tomado é acolhido com entusiasmo.
Nos jantares entre amigos, sempre me lançam algumas perguntas sobre o Ser... E, como gosto de divagar, aceito quase sempre o convite a falar e colocar em pauta alguma reflexão.
No último jantar que tive em Paris, nesta minha temporada de julho, um amigo me fez duas perguntas: “Podemos saber totalmente quem somos? Conhecer a si é mesmo uma necessidade fundamental?”.
Se olharmos ao longo da história da humanidade, iremos constatar a imensa presença de pensadores e com isto, chegaremos a conclusão que obter respostas clarificadoras sobre si mesmo é uma busca universal e fundamental à vida.
Gostamos de desvendar enigmas. 
Gostamos de mistérios desvendados.
 Afinal... Quem realmente somos?
Somos, antes de tudo, peças de um mosaico que compõem o nosso ser.
Somos uma estrutura complexa e mutante que perfaz impossível o conhecimento total sobre si.
Se conhecer absolutamente é uma ilusão.
No entanto, um bom começo para “se saber” está em realizar e aceitar a diversidade e a disparidade de nosso ser.
O que Jung chamava de “Processo de Individuação” significa tomar o saber progressivo sobre a nossa diversidade interior... Somos individualmente múltiplos e contraditórios.
Sentimos ao longo da vida que podemos uma coisa; podemos outra, queremos uma coisa; queremos outra... Mas apesar desta ambiguidade, podemos organizar um pessoal funcionamento na vida e através dele, nos mobilizarmos para permanecermos nos caminhos escolhidos.
Cada pessoa dispõe de uma energia única.
Saber Ser envolve dialogar com as próprias forças subterrâneas, para conquistar uma iniciativa de vida através da potência pessoal.
A sua força reside na sua habilidade verdadeira.
Onde está a sua?
A minha está em fazer da minha nata tendência a reflexão, o meu destino prático e profissional.
Adoro pensar.
Existe uma frase do romancista e dramaturgo irlandês Samuel Beckett que diz “Bom... apenas para isso”.
Ela exprime o que? Ela justifica o que você faz, se o que você faz representa a sua habilidade.  Esta frase de Beckett, fala também sobre uma certeza... A certeza de descobrir entre tudo o seu positivo.
Você é boa nisso, ele é bom naquilo e ela naquilo outro... O seu bom não é o meu dom. A sua facilidade, não é a minha.
Qual é a sua habilidade? Quais habilidades habitam o seu ser?
Se você sabe responder a estas questões, você descobriu então, o essencial do seu ser.
Respondo dessa maneira ao meu amigo francês Patrick e digo que ele é muito bom de cozinha, pois estávamos na degustação de uma entrada constituída de uma sopa fria de cenoura, manga com limão e uma pitada de açúcar... A receita dele era uma viagem... Estávamos também imersos em deliciosas reflexões... Ele é também bom de conversa. A filha dele é ótima percussionista, a mulher excelente apaziguadora de conflitos e lá, naquela noite, conheci uma japonesa que se chama Saiaká que era um requinte na indagação e por isso uma ótima jornalista.
Eu, finalmente, respondo a Beckett “Minha vocação é pensar sobre o ser”.
E você?
Ao invés de ficar se sentindo inferior, olhando o melhor do outro, busque localizar o seu melhor.
Quais são suas habilidades para o cotidiano?
Parodiando Beckett: Você é bom para que?


domingo, 3 de agosto de 2014

A Complexidade de Estar

Uma amiga, nesta minha última estada em Paris, me disse que carrega uma grande culpa porque muitas vezes se sente distante das conversas, dos jantares e do lugar onde está. Falou-me que queria se sentir mais inteira, mais presente nas situações em que vive.
Lógico que devido a minha profissão, tomei este desabafo como um pedido de solução.
Isto me levou a pensar no quanto é difícil para os humanos estar plenamente presentes.
Somos, na verdade, seres habitados de passados que nos tomam e de inquietudes com o futuro que nos retiram às vezes totalmente do momento. Somos também seres permeados de sonhos e de desejos, que nos fazem divagar em paralelo aos instantes nos quais vivemos. 
Vivemos um aqui no acolá de nossos devaneios...
Somos três partes em uma só pessoa. Devido a esta condição, temos sim dificuldade de estarmos inteiros no instante diante de nós.
Mas como afirmam os filósofos, esta é uma particularidade de nossa espécie e de certa forma pode ser nosso grande talento.
Esta característica nos faz ser tanto concernidos pelo que se passa diante de nós, quanto pelo que já passou e também pelo que poderia acontecer. 
O passado e o futuro vivem em nós no mesmo instante em que os momentos presentes se sucedem.
Quem já não sentiu isso ao assistir um filme, em que algo incita a visita a um passado, que nos transporta a tempos e movimentos distantes, fora, mas presente em nosso interior... A mente humana passeia sem sair do corpo e nos leva às viagens dos pensamentos.
A letra de uma música, a frase de um amigo numa conversa e a familiaridade de um rosto passante podem ser acionadores de um devaneio e pela imaginação e memória saltamos o hoje e ultrapassamos geografias. Saltamos a imposição do momento e vivemos num só tempo diversos sentimentos e acontecimentos.
Outro dia fui tomado pela luz da manhã que incidia na orla de Copacabana, cristalina e leve ela me evocou a minha infância, os meus seis anos de idade vivenciados ali no mesmo local. Lá, naquele outrora de hoje, permaneci num diálogo com aquela época que me fez silenciar com aquele agora. De súbito como num salto ornamental me arremessei à hipótese de como seria os meus oitenta anos... Do presente para o passado e para o futuro...
Onde eu estava?
Em vários tempos, em vários pensamentos e em vários sentimentos, mas estava num só ponto: estava em mim mesmo.
Isso, em mim mesmo...
Se examinarmos de perto as situações onde parecemos intensamente presentes, como no prazer sensual, como diante da emoção estética ou mesmo na prática de uma atividade física, podemos perceber que esta presença envolve uma forma de ausência.
A felicidade é uma forma de ausência também, de estarmos numa levitação de si, suspensos pela sensação de incorporeidade na materialidade do corpo que somos. É também uma saída...
A beleza de algo, de alguém nos retira do momento.
Você já percebeu isso em você?
Somos mais complexos do que gostaríamos ser ou do que nos falam que deveríamos ser.
Somos mais intranquilos e mais móveis do que pregam...
Portanto, ao invés desta minha amiga se sentir culpada, ou mesmo de eu ou você nos sentirmos também, podemos estar na plena presença do que somos e na plena consciência de como somos.
Sem medo de nos alimentarmos da própria complexidade.
Por quê?
Porque a aceitação desta nossa natureza faz você plenamente presente.
Onde?
Presente na sua condição humana.
Esteja inteira na sua complexidade, para que saiba habitar os três tempos internos e que com isso possa dialogar com o diante de si.
Uma pessoa mais inteira nos mundos que são seus.
Isso é SABER SER.
Escrevi esta crônica em três tempos: no ontem da fala de minha amiga; no hoje da elaboração deste texto e no amanhã ao imaginar todos que a lerão...
Quantos momentos num só. Quantos tempos... Quantas vidas em mim.
Quantas vidas em você...
Complexo?... Mas somos mesmo mistérios.
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Lembramos que inicia esta semana o Curso Saber Ser
Agosto e Setembro de 2014
Prof. Manoel Thomaz Carneiro

Início das turmas:
Turma de 3ª feira (14:30 h às 16:30 h):
início dia 05 de agosto e término dia 23 de setembro

Turma de 4ª feira (14:30 h às 16:30 h):
início dia 06 de agosto e término dia 24 de setembro

Turma de 4ª feira (19:30 h às 21:10 h):
início dia 06 de agosto e término dia 24 de setembro

Local: Centro de Eventos do Ed. Leblon Corporate 
R. Dias Ferreira, 190 – Leblon - Rio de Janeiro.

Informações e reservas: (21) 99983-5751 (ILANA)